A REDE

Quem somos

A Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA) é uma articulação de coletivos e pessoas atuantes contra o racismo e as injustiças ambientais. Somos organizações da sociedade civil, movimentos sociais, movimentos comunitários no campo e na cidade, setores acadêmicos, pesquisadoras/es, profissionais e militantes que vivenciam, denunciam e combatem as desigualdades ambientais produzidas pelo modelo de desenvolvimento brasileiro.

 

Ao contrário de um senso comum ambiental que prevalece no debate público, a poluição e a degradação dos espaços coletivos não são democráticas: não atingem a todos de maneira uniforme e não submetem todos os grupos sociais aos mesmos riscos e incertezas. São os grupos sociais que detêm menos poder político e econômico que suportam, de maneira desproporcional, os custos ambientais do modelo de produção e consumo de nossa sociedade, vivenciando situações de injustiça ambiental provocadas pela desigualdade e pelo racismo estrutural.

 

Existimos como um fórum de discussões, denúncias, mobilizações e articulação política com o objetivo de denunciar e combater o racismo e a injustiça ambiental. Reivindicamos que nenhum grupo, seja ele definido por cor, etnia ou classe social, arque de maneira desproporcional com as consequências ambientais negativas de determinada ação, obra ou projeto. Exigimos que todos os grupos sociais sejam efetivamente envolvidos no processo de tomada de decisão sobre ações e empreendimentos que afetem seus territórios, seus modos de vida, sua saúde e seu trabalho. Também atuamos para demandar e propor políticas de promoção de justiça ambiental focadas em proteger grupos vulnerabilizados da distribuição desigual de impactos ambientais.

 

Estão em nosso arco de diálogo e alianças: comunidades tradicionais, camponesas e urbanas; movimentos populares indígenas e quilombolas, de pescadores/as artesanais e feministas; redes e articulações socioambientais de direitos humanos; pastorais sociais; lideranças espirituais de matriz africana; além de movimentos de afirmação e defesa dos territórios em toda sua diversidade política, econômica e sociocultural.
Todas as ações desenvolvidas e campanhas assumidas são construídas consensualmente por seus membros, levando-se em conta as estratégias definidas nos encontros nacionais da RBJA e na sua Declaração de Princípios.

 

A RBJA se organiza internamente em grupos de trabalho para o desenvolvimento de ações coletivas que perpassam por temas comuns. Atualmente, possui três grupos de trabalho: o GT Águas, o GT Racismos e o GT Resistências ao Desmonte Ambiental. Além disso, a rede está presente em três frentes de articulação: Agro É Fogo, Articulação inter-redes por Territórios Livres de Mineração e na Frente de Organizações da Sociedade Civil Brasileira contra os Acordos entre UE-Mercosul e EFTA-Mercosul.

Nossa história

A Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA) surgiu em 2001, resultado da iniciativa de movimentos sociais, sindicatos de trabalhadores/as, ONGs, entidades ambientalistas, ecologistas, organizações de afrodescendentes e indígenas e pesquisadores/as universitários/as. Foi criada no Colóquio Internacional sobre Justiça Ambiental, Trabalho e Cidadania realizado no campus da UFF em Niterói, de 24 a 27 de setembro de 2001, com o apoio de redes semelhantes dos Estados Unidos, Chile e Uruguai, quando debateu-se as dimensões ambientais das desigualdades econômicas e sociais que caracterizam os modelos de desenvolvimento.

 

O Colóquio Internacional sobre Justiça Ambiental, Trabalho e Cidadania foi organizado por um grupo de entidades: o Projeto Brasil Sustentável e Democrático (BSD/FASE); o Laboratório de Estudos de Cidadania, Territorialidade, Trabalho e Ambiente do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal Fluminense (LACTTA/ICHF/UFF); o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, da Fundação Oswaldo Cruz (CESTEH/Fiocruz); o Instituto de Planejamento Urbano e Regional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR); e a Comissão Nacional de Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

 

A RBJA surge com os objetivos de [i] denunciar a preponderância da destruição do meio ambiente e dos espaços coletivos de vida em locais onde vivem populações negras, indígenas e/ou sem recursos econômicos; e [ii] fortalecer ações coletivas que possam se contrapor a esse processo.
Sua inspiração nasce da experiência do movimento negro estadunidense, que, nos anos 1980, entrou para o campo do debate ambiental denunciando que os depósitos de lixo tóxico ou de indústrias poluentes concentravam-se nas áreas habitadas pela população negra. Ao denunciar a lógica desigual de distribuição dos riscos e impactos ambientais – que era claramente orientada pelo que eles definiram como racismo ambiental, o movimento dava visibilidade à articulação existente entre degradação ambiental e injustiça social e ao fato de que não é possível separar os problemas ambientais da forma como se distribui o poder sobre os bens naturais

Membros coletivos

  • ABREA – Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto
  • ACPO – Associação de Combate aos Poluentes
  • AEIMM – Associação dos Expostos e Intoxicados por Mercúrio Metálico
  • APP-BG – Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica nas cercanias da Baía de Guanabara
  • Centro Palmares
  • Comissão Pastoral da Terra
  • Criola
  • ETTERN – Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional – Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Gambá – Grupo Ambientalista da Bahia
  • FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional
  • Fórum Carajás – Centro dos Direitos das Populações da Região de Carajás
  • Fórum em Defesa da Democracia Ambiental
  • GEEMA – Grupo de Estudos em Educação e Meio Ambiente
  • GESTA – Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais
  • GEDMMA – Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente da Universidade Federal do Maranhão
  • PACS – Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul
  • Instituto Terramar
  • Justiça Global
  • Justiça nos Trilhos
  • Laboratório de Saúde Ambiente e Trabalho/Fiocruz- PE
  • Movimento Baía Viva
  • Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania
  • GAEP – Núcleo de Pesquisas em Geografia Ambiental e Ecologia Política – Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • NEEPS – Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde – Escola Nacional de Saúde Pública – Fiocruz
  • NEPED Núcleo de Estudos e Pesquisa Sociais em Desastres – Universidade Federal de São Carlos
  • Núcleo Tramas – Trabalho, Ambiente e Saúde – da Universidade Federal do Ceará.
  • Observatório dos Conflitos do Extremo Sul do Brasil
  • ODESC – Organização de Desenvolvimento Sustentável e Comunitário
  • Repórter Brasil
  • Toxisphera Associação de Saúde Ambiental

Membros individuais

Adriana Bravin
Aldemir Inácio de Azevedo
Álvaro de Angelis
Ana Lourdes da Silva Ribeiro
Andréa Machado Camurça
Andressa Caldas
Aparecida Oliveira
Bianca Dieile da Silva
Bruno Milanez
Caio Floriano dos Santos
Cecília Campelo do Amaral Mello
Célio Bermann
Cleyton Gerhardt
Danilo Chammas
Daniela Meirelles
Danilo Moura Ferreira Mota
Dário Bossi
Dayanne da Silva Santos
Diosmar Marcelino de Santana Filho
Eugênia Antunes Dias
Fabrina Furtado
Fernanda Giannasi
Felipe Teixeira Bueno Caixeta
Gabriela Scotto
Heitor Scalambrini Costa
Henri Acselrad
Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior
Isolete Wichinieski
Jacqueline Guerreiro Aguiar
Jeffer Castelo Branco
João Alfredo Telles Melo
Josinês Barbosa Rebelo
Julianna Malerba
Júlio Holanda
Klemens Laschefski
Lea Pinto
Leila Salles da Costa
Lia Giraldo da Silva Augusto

Lívia Alves Dias Ribeiro
Luan Gomes dos Santos de Oliveira
Lúcia Xavier
Luis Fernando Novoa Garzon
Luiz Jardim de Moraes Wanderley
Maiana Maia Teixeira
Marcel Gomes
Marcelo Firpo
Marcelo Aranda Stortti
Marcelo Lopes de Souza
Mariana Olívia Santana dos Santos
Marta Almeida
Nahyda Franca von der Weid
Natália Tavares de Azevedo
Natália Dias
Norma Valencio
Paula Máximo de Barros Pinto
Pedro Albajar Vinas
Pedro D’ Andrea Costa
Pedro Rapozo
Rafael Dias de Melo
Rafaela Dornelas
Rafaela Lopes de Sousa
Rafaela Rodrigues da Silva
Raquel Giffoni Pinto
Raquel Maria Rigotto
Renato Cunha
Renato Domingues Fialho Martins
Rodrigo de Medeiros Silva
Simy Corrêa
Tânia Pacheco
Valéria Nacif
Vanessa de Fátima Terrade
Vinícius Papatella
Virgínia Totti Guimarães
Zoraide C. Vilasboas
Zuleica Nycz